sábado, 24 de janeiro de 2009

Que tal um beijo, Saumensch?

Terminei na madrugada de ontem, ‘A menina que roubava livros’.A grandeza da leitura está, não no fato de que uma história sobre a Segunda Guerra Mundial sempre vai estar abordando fatos de que, acima de tudo, a vida é muito mais bela do que se pode imaginar e as dificuldades enfrentadas nos anos de 1940 a 1945, propriamente ditos, jamais poderão ser igualadas àquelas que vivenciamos nos dias atuais ou coisa que o valha... Não, a grandeza de 'A menina que roubava livros' está presente em como o autor consegue justificar que a morte pode ser, sem sombra de dúvidas, adorável.

Não posso negar que o livro não deixa de ser tocante, dada a narração da vida de Liesel Meminger e tudo aquilo inserido no universo imposto à ela, uma menina órfã numa Alemanha Nazista, mas ele passa longe do moralismo contido em histórias que carregam alguma chamada ‘lição de vida’, por mais que pequena.
O estranhamento causado pelo livro (excluindo o fato de que ele é narrado pela Morte, por assim dizendo) seria, talvez, aquele que Cao Hamburger almejou passar quando dirigiu 'O ano em que meus pais saíram de férias', mostrando drasticamente a inocente visão de uma criança como parte de um conflito considerado "adulto".
Porém, "A menina que roubava livros" consegue ser divinamente mais sincero em suas concepções e muito mais digno no desenvolvimento das personagens envolvidas, trata-se não só de um livro de sucesso, mas sim histórias já vivenciadas por pessoas, muito antes de converterem-se em páginas impressas e uma bonita capa numa livraria.

Acredito que seja praticamente impossível conter as lágrimas que algumas passagens ousam incutir conforme se avança na leitura, mas essa tristeza não está presente devido à piedade que sentimos por Liesel ou qualquer outra personagem, ela simplesmente existe porque está ali, estampada.
Não é preciso nenhuma análise pseudo-intelectual nem nenhum psicologismo exacerbado, pois o livro só consegue ser belo pela dor que expressa.
A profundidade está tão evidente, que deixa de ser o que é para tornar-se rasa.

No final de páginas e páginas, chega-se à conclusão de que a vida de todas aquelas pessoas e da própria roubadora de livros só puderam ser registradas devido às desgraças que ambientaram seu exterior. Numa simples disposição de fatos, vê-se o indiscutível apego à simplicidade dos sentidos, quando os livros podem estar em primeiro plano enquanto uma guerra pinta-se na janela.

Quando imaginamos uma Alemanha cheia de soldados sem pele e judeus sendo açoitados, quase nos esquecemos que ali também existiu uma menina órfã e seu melhor amigo, um acordeonista, um porão gelado, um boneco de neve e uma biblioteca cheia de palavras.
Sutilezas que passaram desapercebidas aos olhos do Füher.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Primeiro as cores
Depois os humanos
Em geral, é assim que vejo as coisas
Ou pelo menos, é o que tento !

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

- Voltaaaaaaaaa!


Após uma pausa de 18 meses, a banda carioca Los Hermanos vai voltar aos palcos para duas apresentações ao lado das bandas Radiohead e Kraftwerk, apurou o G1. Parte do festival Just a Fest, os shows acontecerão em 20 de março, na Praça da Apoteose, no Rio, e dia 22 de março, na Chácara do Jockey, em São Paulo.

Fonte :http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL954404-7085,00- OS+HERMANOS+VOLTAM+AO+PALCO+EM+MARCO.html

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

' Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.'