quarta-feira, 30 de setembro de 2009

'' Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel! ''

Mario Quintana - A Cor do Invisível

domingo, 27 de setembro de 2009

'' Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder

Hoje eu quero somente esquecer
Quero o corpo sem qualquer querer
Tenhos os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão

Não sei pra onde vou
Não sei
Se vou ou vou ficar
Pensei, não quero mais pensar
Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda a nascer
Descansa coração e bate em paz ''


( Simons & Marques / Alberto Ribeiro )

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CONFUSÃO!

''...porque eu quero sair dessa casa
Porque eu quero bater as asas
E quero ficar mais solta
E quero ficar mais louca

Às vezes fico cansada
Às vezes fico animada
Às vezes quero você comigo
Às vezes quero o impossível

Cabeça gira, gira, gira, gira, gira, gira
Cabeça gira, gira, gira, gira, gira, gira...''

( Ana Cañas )


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

LEVE, BEM MAIS LEVE!

''...mesmo sem saber o que virá depois
Calada, lembro do que houve entre nós dois
Me encontro sentada no quarto, e você não vem

Ah como era doce ver você chegar
Fazendo o dia inteiro mudar de lugar
Com seu jeito de quem não quer perturbar
Mas quer a própria confusão que me tirava do ar

Agora eu só te encontro aqui nessa canção
Louca pela vida canta com emoção
Triste e bonita como ninguém mais

Agora eu só te toco aqui nessa canção
Parte da minha vida canta com emoção
Linda me ensina a continuar...

Vou insistindo em não pirar de vez
É o que há de melhor em mim e o que me faz crescer
Não há ninguém no mundo inteiro capaz de dizer
O que eu posso, o que eu não posso, o que eu devo fazer...

O que há de positivo depois que acabou
Saber o que foi desperdício o que o ficou de bom
Você se foi pelo caminho
Te desejo amor, seja feliz por que daqui pra frente eu sei que vou...

(...)

Mesmo sem saber o que virá depois
Calada, lembro do que houve entre nós dois
Encontro um bom motivo em minha voz
Para não te ver mais

Eu abro aquele vinho que ficou guardado
Eu ponho aquele disco do verão passado
E já não estou ligando se você ligar
Porque agora bem mais leve, eu não vou te escutar...’’

(Rafael Ribeiro / Fábio Cascadura)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

descoberta.

"Chorei três horas, depois dormi dois dias.Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total."


Tenho achado encantador como Caio Fernando Abreu tem me dito tantas verdades e muitas vezes definido sentimentos que nem eu sabia que existiam dentro de mim e tenho amado isso, essa descoberta. E tenho amado o Caio e seus Morangos Mofados.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PONTO FINAL!

"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."

( Caio Fernando Abreu )