quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Triste tristeza!

O prenúncio da fossa já vinha na quinta passada...

Primeiro só aquela sensação de frio que não passa com cobertor. Depois, uma sucessão de fatos tristes quem nem vem ao caso me lamuriar aqui.

Mas estou num momento de chorar e só. Ouvir um pouco de música triste, pra catalisar, escrever pra quando acabarem as lágrimas.

Isso é bom de vez em quando, especialmente quando não sabemos por que choramos. Mas quando se sabe, as lágrimas são mais salgadas.

Choro baixinho, quieto, de quem esconde o rosto vermelho e mente que não chorou, só pra não ter que inventar uma história - seria impossível traduzir o que se sente.

Tristeza mesmo, não melancolia...

Tristeza que chora porque não grita, e para não ficar engasgada, se liquefaz.

Tristeza digna de bebedeiras homéricas e sonetos, de vontade de dormir e não acordar (não sozinho), de chorar até inchar.

Tristeza que dói agudo na gente. E que a gente não sabe explicar direito, porque é só nossa. Que nos deixa confusos e sem saber o que fazer.

Por isso, o choro.

É uma angústia doída de impotência e de “tarde demais”, não eu, quem chora.

Eu, já nem respondo mais.

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